A INFLUÊNCIA DO MODELO DOS VEÍCULOS NO CUSTO DO SEGURO

24 de maio de 2022

A Influência do Modelo dos Veículos no Custo do Seguro


Nestes tempos em que as dificuldades da economia do País vêm a exigir de todos nós ações para aumentar nossas receitas e diminuir nossas despesas, é relevante observar, com rigor, alguns aspectos que influenciam sobremaneira nos resultados das locadoras de veículos.


Entre eles destacam-se os custos decorrentes da contratação de seguros para a frota e de prejuízos com sinistros, principalmente quando a decisão do gestor recai em reter os riscos. Se esses custos não forem adequadamente tratados, podem comprometer os resultados e até mesmo a sobrevivência das locadoras.


Alguns modelos de veículos têm seus custos de reparação mais elevados do que outros, influenciando diretamente na precificação do seguro. As seguradoras, sem exceção, precificam os seguros segundo estudos desses custos e resultados em sua carteira e no mercado, e também pela frequência de perda total por furto/roubo dos veículos.


Oras, se a seguradora, que tem uma imensa quantidade de veículos expostos, adota critérios rigorosos para a precificação do seguro, segundo o modelo dos veículos e sua região de circulação, da mesma forma essa deve ser a preocupação do gestor da locadora, mesmo porque este é um item que está sob seu domínio e sua exclusiva decisão.


Aliás, essas particularidades devem ser observadas, rigorosamente, no momento da aquisição do veículo e na precificação dos contratos de locação, quando o locatário exige um modelo de veículo com elevado custo de reparação e de sinistralidade por furto/roubo. Também a falta de peças de alguns modelos deve fazer parte da preocupação da locadora, pois representa mais tempo do veículo parado para reparação.



Quais os modelos que mais impactam os custos do seguro?


Alguns modelos são mais procurados por ladrões e estelionatários e, por essa razão, na medida do possível, as locadoras devem evitar a sua aquisição. Assim estarão reduzindo a possibilidade da perda total e evitando, ainda, a recusa ou elevação na precificação do seguro quando da renovação da apólice – em especial, quando decidem por não contratar o seguro do casco.

Nesses casos, em que se decida pela não contratação do seguro do casco, é aconselhável analisar o custo/benefício de instalação de rastreadores, particularmente nos veículos de maior valor, para minimizar os ricos de perda.


Enquanto a decisão por contratar ou não o seguro contra danos ao veículo pode ser alicerçada em dados estatísticos de domínio da locadora, com base nas ocorrências ao longo dos anos, o seguro para danos materiais, corporais e morais a terceiros não permitem a mesma base de informações para a decisão. Isso porque, a qualquer momento, o veículo de sua propriedade pode se envolver em acidente de grandes proporções, imprevisíveis, em que o condutor do seu veículo seja o culpado. Não é aconselhável, por essa razão, que o gestor deixe de contratar seguro para cobrir esses importantes riscos.


Em nosso País, as incertezas que são próprias e inerentes à decisão de empreender já são suficientemente elevadas para permitir que não se cuide de riscos que são administráveis, com as soluções ao alcance dos gestores das locadoras.

Artigo publicado na Revista LOCAÇÃO - ABLA - Edição 61 - Julho/Agosto 2015 
Autor: Otavio Rafael Gozzo 
Diretor Comercial da ST Corretora de Seguros, é Economista e Corretor de Seguros


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