O preço final do seguro de automóvel é calculado de forma tal que, ao final de 12 meses, as despesas da seguradora sejam inferiores a 100% do prêmio cobrado.
Principais itens/aspectos que influenciam a precificação do seguro de automóvel
Os custos da seguradora, numa forma simples e didática de expor, se compõem nos seguintes grupos: Despesas com Sinistros + Despesas Administrativas da Seguradora + Impostos Incidentes + Comissões pagas aos Corretores de Seguros.
Portanto, o prêmio cobrado dos segurados ao longo do exercício, dentro do princípio do mutualismo, tem que superar o montante dispendido nestas rubricas.
É fácil observar que, dentre as rubricas elencadas, a mais relevante é a que se refere a Despesas com Sinistros, cuja probabilidade de ocorrer são determinadas por cálculos atuariais, suscetíveis de variações ao longo do período em que o segurador assumiu o risco de indenizar, fazendo com que os preços das apólices aumentem ou diminuam ao longo do tempo. As demais rubricas, de certa forma, estão mais suscetíveis de controle pelo segurador.
As despesas com sinistros sofrem consequências diretas em relação a “frequência e severidade dos sinistros”, bem como do aumento de peças e mão de obra nos reparos de funilaria, pintura e mecânica, no que tange a indenizações com perdas parciais e, nos sinistros de perdas totais, além do previsto nos cálculos atuariais, também refletem de forma importante na composição dos preços ao longo do tempo. Outras variáveis, como prejuízos decorrentes de ações da natureza, tais como queda de granizo, enchentes e etc, também influenciam para mais ou para menos na precificação dos seguros, dependendo daquilo que fora previsto pelos atuários.
Outro aspecto não menos importante é que a aceitação ou recusa de riscos e a formação de preços não tem uma única fonte para o mercado segurador, isto é, cada seguradora, segundo sua experiência e os resultados que obtém nas suas operações, precificam os seus seguros, por região, perfil, marca, modelo, ano do veículo, atividade do segurado, etc.
Como observa-se, não há um índice de reajuste único para o seguro automotivo no mercado segurador e, por essa razão, é sempre aconselhável que o segurado busque orientação com o corretor de sua confiança e, em especial, junto àqueles que têm especialização no segmento em que o segurado estiver inserido.
Artigo publicado na Revista LOCAÇÃO - ABLA - Edição 80 - Setembro/Outubro 2018
Autor: Ildebrando T. S. Gozzo
Diretor Geral da Multiassist Consultoria e Corretora de Seguros, é Pós Graduado em Administração e Gerência de Seguros pela PUC-RJ e Pós Graduado em Franchising pela Lousiana State University
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